segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Balde de água fria

Experimente estar com o corpo quente e de repente receber um baldão de água fria na cabeça. O CHOQUE térmico te acorda, retrai seus músculos e na maioria das vezes solta suas glândulas lacrimais. 


Ouviu o barulhinho? Splash. 

Agora que você está ali, toda linda, com a alma renovada pronta para o novo, finalmente enxerga no meio da multidão alguém que te desperta um interesse sincero. Essa pessoa parece que te puxa como um imã, tem um conversa boa, uma vibração deliciosa que dá vontade de ficar ali mergulhada, um senso de humor que só as pessoas sensíveis conseguem ter e os olhos pequenininhos cheio de azul que te acalma. 

Há, de repente, não mais que de repente o horripilante e monstruoso TIMING (ou falta dele) entra no contexto. Tudo ali perfeitinho e o implacável aparece, tampando a sua respiração e virando o tempo trazendo um vento frio.

Perdi o ritmo, o compasso. Perdi a dança. 

Aaaaaaaaaah, vou me retirar, voltar para o quarto, tirar a maquiagem... 

Volto para a minha janela, dali posso observar as pessoas de longe e em silencio. Pacientemente esperarei que o tempo vire de novo. Aguardarei o sol sair novamente para aquecer o corpo e torcer para que venha mais água. Só que agora, água da chuva, que limpa e renova. Prometo que sairei para me molhar e brincar bastante só que dessa vez, acompanhada. 

Sem mais para uma segunda-feira.















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